sábado, 3 de setembro de 2011

O futuro da construção civil no Brasil

As construtoras viram no aumento da classe média e no sonho da casa própria uma expansão de mercado que deve se expandir ainda mais com o programa Minha Casa Minha Vida, por isso, a construção civil residencial passou a ser o foco do mercado imobiliário brasileiro. Essas empresas estão voltando seus olhos para residenciais voltados ao segmento popular. O valor médio de cada apartamento é de R$ 160 mil. Apesar de muitos bancos já oferecerem linhas de crédito para a aquisição de imóveis, a Caixa Econômica Federal ainda é a instituição mais procurada. Segundo as regras da CEF os recursos do FGTS podem ser usados para a aquisição de imóveis no valor máximo de R$ 100 mil. A renda familiar bruta deve ser de R$ 465,00 a R$ 3.900,00 e a taxa de juros varia de 5% a 8,16% ao ano mais taxa referencial (TR). O prazo máximo de financiamento é de 360 meses e o comprador não pode ter outro imóvel em seu nome. Já o financiamento com recursos da poupança (SBPE) não tem limite de renda e o comprador pode possuir outro imóvel. A taxa varia de 8,2% a 10,5% ao ano e, além disso, não existe valor limite para o imóvel a ser adquirido. O prazo máximo para quitação do empréstimo é de 360 meses. A construção civil promete ser o motor da economia brasileira, nos próximos cinco anos. De olho nas obras da Copa do Mundo, o setor já faz planos para iniciar um novo ciclo de crescimento. O otimismo tem base nos números bilionários dos projetos. A definição das 12 cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo animou o setor. Embora ainda não haja uma estatística oficial sobre o volume de investimentos, os números que circulam apontam para cifras que vão de R$ 60 a 100 bilhões. Em paralelo, o governo federal precisará definir todas as obras de infraestrutura exigidas para receber o evento. Só em transporte serão necessários mais de R$ 45 bilhões. Boa parte dos recursos vai para melhorar a mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô, corredores de ônibus e estacionamentos, além do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Outras áreas, como aeroportos, energia elétrica e telecomunicações, terão de ter seus serviços reforçados para evitar um colapso durante o evento. Isso sem contar a ampliação da rede hoteleira. De qualquer forma, a expectativa é que a Copa impulsione o Produto Interno Bruto (PIB) do País nos próximos anos, como ocorreu em países que já receberam o evento. Na Alemanha, cujos investimentos ficaram em torno de 10 bilhões de dólares, o impacto no PIB foi da ordem de 0,5 ponto porcentual. No Brasil, a expectativa é que as obras promovam maior aquecimento da economia, já que as necessidades são bem maiores. Outro dado importante é que, para cada um milhão de reais de investimento na construção civil, cria-se 33 empregos diretos e 25 indiretos.

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