quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
BRASIL E ESTADOS UNIDOS
BRASIL
O diplomata garantiu que o país vai levar a Copenhague uma "posição do governo, não uma posição do Itamarati". Assim, "o Brasil espera um resultado ambicioso, que se oriente pelas recomendações da ciência".
Segundo muitos especialistas, para manter o aquecimento global abaixo de dois graus centígrados até o final deste século é necessário que os países desenvolvidos apresentem uma proposta de redução de emissões entre 25% e 40% até 2020, e que os em desenvolvimento consigam uma redução na curva de crescimento de suas emissões.
O Brasil, segundo Serra, incorpora um fator negativo, gerado por uma série de ações do governo que levam ao aumento dessas emissões, como o programa luz para todos e o ainda incógnito programa de exploração de petróleo na faixa do pré-sal. Ainda assim, o diplomata demonstrou otimismo, por acreditar que o país tem condições de reduzir bastante essa curva de crescimento. (Agência Envolverde)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Sumário
Introdução
Rio-92 e Agenda 21
Posição no Protocolo de Kyoto
Marco referencial, constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global. O Protocolo de Kyoto é conseqüência de uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC’s First Assessment Report em Sundsvall, na Suécia (agosto de 1990), e que culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio’92, no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da UNFCCC.Discutido e negociado em Kyoto, Japão, em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em novembro de 2004. Concluído em 11 de dezembro de 1997 em Kyoto, no Japão, o documento impõe a redução das emissões de seis gases causadores de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta: CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico), CH4 (metano), protóxido de nitrogênio (N20) e três gases flúor (HFC, PFC e SF6). Países industrializados se comprometeram a reduzir , até 2012, as suas emissões de dióxido de carbono a níveis pelo menos 5% menores do que os que vigoravam até 1990. A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:Reformar os setores de energia e transportes;Promover o uso de fontes energéticas renováveis;Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; e Proteger florestas e outros sumidouros de carbono. Tendo em vista o bem comum, optamos por não ratificar ao protocolo, por isso em 2001 tomamos a decisão de abandonar oficialmente o tratado, uma vez que, a implantação das metas prejudicaria a economia do país e consequentemente a do restante do mundo, visto que, somos a principal economia do planeta e que a estagnação ou o declínio desta afetaria todos os setores econômicos das nações desenvolvidas e em desenvolvimento de forma significativa. Ao não assinarmos o protocolo não significa que deixamos de considerar a hipótese do aquecimento global bastante real, porém somos a favor de reduções por meio de medidas voluntárias e novas tecnologias no campo enérgico, por acreditar que essa seja a maneira mais coerente de conciliar crescimento econômico e conservação do meio ambiente.
COP 15
COP 16
Expectativas para o Rio +20
Marcada para junho de 2012, no Rio de Janeiro, a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável já vem provocando encontros de especialistas, ONGs e representantes da sociedade, desde o ano passado. De forma geral, espera-se que as decisões tomadas por lá sejam mais que um balanço dos últimos 20 anos que a separam da Rio 92, marco na história socioambiental mundial que resultou numa série de documentos importantes, como a Agenda 21, e também nas Convenções sobre Clima e Diversidade Biológica. O que nós, representantes dos Estados Unidos da América esperamos é que Diferentemente da Rio 92 que foi uma reunião ambiental, a Rio +20 se proponha a discutir um novo paradigma de desenvolvimento econômico. Mais que um balanço da implementação de compromissos estabelecidos na conferência de 1992 - como a Agenda 21 e a criação das convenções-quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade - a Rio+20 vai tentar avançar na proposta de uma economia verde, que concilie crescimento econômico com baixas emissões de carbono. Essa discussão de integrar meio ambiente e desenvolvimento já é atrasada, todo mundo sabe o que é preciso fazer. A questão é como definir essa estratégia de desenvolvimento que tenha uma economia de baixo carbono, com justiça, com governança e com sustentabilidade. A Rio+20 também poderá ser uma oportunidade para tentar avançar em discussões travadas em outros fóruns, mesmo que em negociações informais. A construção de um novo acordo internacional sobre redução de emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, não tem avançado nas últimas conferências sobre mudanças climáticas, e a ONU ainda está longe do consenso sobre um novo mecanismo para suceder o Protocolo de Kyoto. Durante a Rio+20, os negociadores internacionais poderão criar as bases de novo acordo, mesmo que a formalização fique para depois, durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas. Pelo fato de não ser o foro oficial, pode haver um diálogo maior em que a sociedade, empresas e grupos acadêmicos também estejam envolvidos. Esperamos que a Rio+20 possa ser uma oportunidade de montar uma estratégia e um compromisso que poderiam ser efetivados oficialmente numa reunião posterior. Propomos que a Rio+20 faça o papel de ponte entre onde nós estamos e onde podemos chegar, futuro esse que esperamos ser marcado pelo desenvolvimento
Futuro da matriz energética mundial segundo a nossa concepção
Mudar o padrão de consumo e a matriz energética estão entre os maiores desafios que o mundo terá de enfrentar se quiser reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e colaboram para o aquecimento global. Atualmente, ao mesmo tempo que a produção de energias limpas deu um salto tecnológico o mundo passou a depender, como nunca, de fontes energéticas que lançam gases que provocam o efeito estufa na atmosfera. Estudos citados neste ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU afirmam que os investimentos mundiais em energias renováveis nunca foram tão altos - chegaram a US$ 38 bilhões em 2005. Ainda assim, mostram os mesmos estudos, as emissões de gases do setor energético nunca foram tão volumosas. Juntas, as emissões de gases que causam o efeito estufa equivalem a 49 bilhões de toneladas de CO2 lançadas anualmente na atmosfera. Destas, 26 bilhões de toneladas estão relacionadas à produção de energia, que inclui o fornecimento e o aquecimento de casas e empresas e o setor de transporte. Se mantidas as atuais políticas energéticas, estas emissões poderiam atingir o equivalente a 40 bilhões de toneladas até 2030, segundo os cálculos apresentados pelo IPCC. O gráfico abaixo é uma estimativa do consumo mundial de energia até 2060, o que mostra que as novas tecnologias serão o futuro da matriz energética mundial, o que demonstra a importância no desenvolvimento destas.
É previsível que o custo da energia obtida de fontes alternativas renováveis se tornará mais competitivo, ao longo dos próximos 20 anos, como resultado do investimento tecnológico e do ganho de escala. Entretanto, as externalidades de mercado, como a diversificação de fontes, a distribuição do risco de suprimento e a necessidade de reduzir as emissões de GEE interferirão positivamente neste aspecto, através das seguintes ações:
A. Os governos investirão quantias significativamente maiores em PD&I de bioenergia do que fariam em condições normais;
B. A iniciativa privada será induzida a investir em PD&I, por incentivos governamentais, e também o farão por iniciativa própria, dada a oportunidade de negócios;
C. O encarecimento das fontes fósseis, pelo esgotamento das reservas, elevará o patamar geral de preços de energia;
D. A pressão social por fontes alternativas renováveis incentivará a ampliação dos negócios, propiciando ganhos de escala;
E. A ação estratégica preventiva, motivada por fenômenos climáticos extremos mais freqüentes, reforçará tanto o investimento em pesquisa quanto a ampliação do consumo, favorecendo a ampliação do market share das energias alternativas renováveis;
F. Os governos utilizarão diversos instrumentos de políticas públicas destinados a fomentar a utilização de fontes alternativas renováveis, inclusa a bioenergia.
A disputa pelo espaço produtivo representará um empecilho à redução de preços de energia alternativa renovável. O custo de transporte e a portabilidade também pesarão contra a bioenergia, prevendo-se a necessidade de portentosos investimentos em logística e infra-estrutura para reduzir este custo. O cenário de Referencia da WEO 2000 prevê investimentos em energia alternativa renovável da ordem de US$ 90 bilhões, nos países da OECD, representando 10% do investimento em energia nestes países. Entretanto, no cenário de Energias Alternativas da mesma WEO, este investimento alça-se a US$228 bilhões, representando 23% do investimento total em expansão da oferta de energia da OECD, montante este que nos comprometemos em investir, desde que, os países em desenvolvimento também colaborem.
Disponibilidade na redução de emissões de CO2, transferência de tecnologias e auxilio financeiro
CONSIDERAÇÕES FINAIS
domingo, 27 de novembro de 2011
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Renewable Energy World Magazine; PV for the new century - status and prospects for PV in
Renewable Energy World Magazine; Energy stores to sell PV products in
Shell International Renewables website: www.shell.com
Shell Foudation website: www.shellfoudation.com
terça-feira, 1 de novembro de 2011
MUNDBIS - BRASIL
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Preview do trabalho para o Terceiro Trimestre.
- Será construído uma casa sustentável em 3d no programa de computador Google Sketchup.
- Apresentaremos uma maquete da casa sustentável com materiais reciclado.
- Faremos uma entrevista com um engenheiro explicando o conteúdo de uma casa sustentável.
domingo, 11 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
Introdução
Oficialmente, o conceito de sustentabilidade foi introduzido no encontro internacional The World Conservation Strategy (IUCN et al., 1980). A partir desta data, esse conceito passou a ser empregado com maior freqüência, assumindo dimensões econômicas, sociais e ambientais, buscando embasar uma nova forma de desenvolvimento. O termo sustentabilidade foi bem explicado pela primeira vez dentro de um estudo realizado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente das Nações Unidas, mais conhecido como Relatório Brundtland, que o define da seguinte maneira: "é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações em satisfazer suas necessidades" (WECD, 1987). Neste pesquisa, veremos entre outras coisas, que é necessário uma mudança de base no enfoque do desenvolvimento, já que o planeta e todos seus sistemas ecológicos estão sofrendo graves e irreversíveis impactos negativos. A idéia de desenvolver este blog teve como ponto de partida o fato de a construção civil, em termos econômicos, representar aproximadamente 16% do PIB brasileiro, o segundo maior setor econômico do país (atrás apenas da agroindústria) e portanto fundamental para a nação. De olho nas obras da Copa do Mundo, o setor imobiliário já faz planos para iniciar um novo ciclo de crescimento, mas o enfoque na questão da sustentabilidade, passa a ser nessa nova era da construção civil uma tendência. Visando situar os internautas da importância da construção civil para o Brasil e da sustentabilidade para a humanidade, começaremos vendo a importância do setor imobiliário para o país, e na sequência quais as pretensões deste setor para os próximos anos, os impactos ambientais de construções convencionais, qual o conceito de sustentabilidade, o que de fato é uma construção sustentável, quais as propostas, os atrativos e as técnicas construtivas deste tipo de construção e por fim um lista de ecoprodutos que de forma "singela" podem colaborar significativamente no dia a dia com a manutenção dos recursos naturais.
A Construção civil no Brasil
Repare nas atividades que fazem parte da construção civil
1) Produção e comercialização de materiais de construção, por exemplo: cimento, aço, tijolos, tintas, ferragens, etc.;
2)Equipamentos para construção, como por exemplo: betoneiras, carrinho de mão, guindastes, etc.;
Para se ter uma idéia do tamanho da construção civil em termos econômicos, basta dizer que ela representa aproximadamente 16% do PIB brasileiro. É o segundo maior setor econômico do país. A primeira é a agroindústria. Por ser composta de inúmeras e variadas atividades em todo o país, a construção civil funciona como um importante "motor" econômico, com grande capacidade de movimentar a economia, gerar riquezas e empregos. Em geração de empregos a construção civil é a atividade mais importante do país. Atualmente, responde por aproximadamente 3,5 milhões de empregos no país, ou 6% do total. Outra vantagem da construção civil é o fato de ser um setor econômico praticamente nacionalizado, isto é, apenas 2% do total dos insumos (materiais, equipamentos e serviços) utilizados na construção são importados. Isso significa que a construção civil pode se desenvolver sem depender da situação da economia mundial, e também que seu crescimento não vai acarretar aumento de gastos com importações para o país.
O futuro da construção civil no Brasil
As construtoras viram no aumento da classe média e no sonho da casa própria uma expansão de mercado que deve se expandir ainda mais com o programa Minha Casa Minha Vida, por isso, a construção civil residencial passou a ser o foco do mercado imobiliário brasileiro. Essas empresas estão voltando seus olhos para residenciais voltados ao segmento popular. O valor médio de cada apartamento é de R$ 160 mil. Apesar de muitos bancos já oferecerem linhas de crédito para a aquisição de imóveis, a Caixa Econômica Federal ainda é a instituição mais procurada. Segundo as regras da CEF os recursos do FGTS podem ser usados para a aquisição de imóveis no valor máximo de R$ 100 mil. A renda familiar bruta deve ser de R$ 465,00 a R$ 3.900,00 e a taxa de juros varia de 5% a 8,16% ao ano mais taxa referencial (TR). O prazo máximo de financiamento é de 360 meses e o comprador não pode ter outro imóvel em seu nome. Já o financiamento com recursos da poupança (SBPE) não tem limite de renda e o comprador pode possuir outro imóvel. A taxa varia de 8,2% a 10,5% ao ano e, além disso, não existe valor limite para o imóvel a ser adquirido. O prazo máximo para quitação do empréstimo é de 360 meses. A construção civil promete ser o motor da economia brasileira, nos próximos cinco anos. De olho nas obras da Copa do Mundo, o setor já faz planos para iniciar um novo ciclo de crescimento. O otimismo tem base nos números bilionários dos projetos. A definição das 12 cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo animou o setor. Embora ainda não haja uma estatística oficial sobre o volume de investimentos, os números que circulam apontam para cifras que vão de R$ 60 a 100 bilhões. Em paralelo, o governo federal precisará definir todas as obras de infraestrutura exigidas para receber o evento. Só em transporte serão necessários mais de R$ 45 bilhões. Boa parte dos recursos vai para melhorar a mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô, corredores de ônibus e estacionamentos, além do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Outras áreas, como aeroportos, energia elétrica e telecomunicações, terão de ter seus serviços reforçados para evitar um colapso durante o evento. Isso sem contar a ampliação da rede hoteleira. De qualquer forma, a expectativa é que a Copa impulsione o Produto Interno Bruto (PIB) do País nos próximos anos, como ocorreu em países que já receberam o evento. Na Alemanha, cujos investimentos ficaram em torno de 10 bilhões de dólares, o impacto no PIB foi da ordem de 0,5 ponto porcentual. No Brasil, a expectativa é que as obras promovam maior aquecimento da economia, já que as necessidades são bem maiores. Outro dado importante é que, para cada um milhão de reais de investimento na construção civil, cria-se 33 empregos diretos e 25 indiretos.
Impactos ambientais das construções convencionais
- Brita
- Areia
- Madeira
- Minério de ferro
- 1 tonelada de cimento = 600 kg de CO2 na natureza
- 1 tonelada de aço produzido = 2.500 kg de CO2 na atmosfera
1 tonelada de areia ou brita produzida consome 10 kWh
- 1 tonelada de gesso produzido consome 1.000 kWh
- 1 tonelada de cimento produzido consume 2.200 kWh
- 1 tonelada de aço produzido consume10.000 kWh
50% a 70% dos resíduos gerados
- 50% a 75% dos recursos naturais extraídos
- 90% da madeira extraída
- 220 toneladas/ano de agregados naturais na produção de concretos e argamassas Aquecimento global
- Destruição da camada de Ozônio
- Criação de ilhas de calor Grande consumo de energia
- Grande consumo de água
- Grande produção de esgotos e lixo
- Impermeabilização do terreno
O que é sustentabilidade
A palavra sustentabilidade é usada freqüentemente em muitas combinações diferentes: desenvolvimento sustentável; crescimento sustentável; comunidade sustentável; indústria sustentável; economia sustentável; agricultura sustentável; etc. Mas o que significa realmente? Sustentabilidade vem do latim "sustentare" que significa suster, sustentar, suportar, conservar em bom estado, manter, resistir. Dessa forma, sustentável é tudo aquilo que é capaz de ser suportado, mantido. A sustentabilidade, de acordo com Sachs (1990), constitui-se num conceito dinâmico que leva em conta as necessidades crescentes das populações num contexto internacional em constante expansão. Para o autor, a sustentabilidade tem como base cinco dimensões principais, que são a sustentabilidade social, a econômica, a ecológica, a geográfica e a cultural. A sustentabilidade social está vinculada a uma melhor distribuição de renda com redução das diferenças sociais. A sustentabilidade econômica está vinculada ao fluxo constante de inversões públicas e privadas, além da destinação e administração correta dos recursos naturais. A sustentabilidade ecológica está vinculada ao uso efetivo dos recursos existentes nos diversos ecossistemas e, como um dos resultados, mínima deterioração ambiental. A sustentabilidade geográfica está ligada a uma espacialização rural-urbana mais equilibrada. A sustentabilidade cultural procura a realização de mudanças em harmonia com a continuidade cultural vigente. Em 2002, este mesmo autor acrescentou mais quatro dimensões de sustentabilidade: ambiental, territorial (em lugar de geográfica), política nacional e política internacional. A sustentabilidade ambiental permitiria que ecossistemas naturais realizassem autodepuração. A territorial visa à eliminação de disparidades inter-regionais, a destinação igualitária de investimentos públicos e a conservação da biodiversidade pelo eco-desenvolvimento. A sustentabilidade no âmbito das políticas nacionais passaria por um nível razoável de coesão social, democracia e capacidade institucional do Estado em implantar um projeto nacional. Em relação às políticas internacionais, a sustentabilidade passaria pela garantia de paz assegurada pelo fortalecimento da ONU, controle do sistema financeiro internacional, verdadeira cooperação científica e diminuição das disparidades sociais entre os hemisférios norte-sul (SACHS, 2002). Outros autores apresentam diferentes formas de analisar a sustentabilidade. Segundo Chambers e Conway (1991), a sustentabilidade dos meios de subsistência deve ser analisada sob dois prismas: ambiental e social. Do ponto de vista ambiental, a sustentabilidade implica na capacidade sistêmica de lidar com o estresse e os choques, possuindo a habilidade de continuar e melhorar. Já a dimensão positiva da sustentabilidade social está na capacidade de previsão, adaptação e aproveitamento de mudanças no ambiente físico, social e econômico. Os autores apontam que a sustentabilidade depende de como os recursos e as potencialidades são utilizadas, mantidas e realçadas para preservar meios de subsistência. De acordo com Karr (1993), o foco da sustentabilidade deve estar na sociedade e não no desenvolvimento. Apesar de tudo, a realização de uma sociedade sustentável requer a atenção da dimensão econômica, além da dimensão social, biológica, ecológica e ambiental.
Para a GFN (2006), sustentabilidade é uma idéia simples, baseada na quantificação das taxas de produção e consumo de recursos naturais. Em um mundo sustentável, a pressão da sociedade sobre a natureza deve estar dentro dos limites desta em responder de modo equilibrado a esta pressão. Quando as demandas da humanidade de recursos ecológicos excedem a capacidade da natureza em fornecê-los, surge o denominado excesso ecológico. Em termos energéticos, a sustentabilidade de uma economia é uma função da dependência dessa economia de emergia renovável local, do grau de dependência de emergia importada, e a carga total da atividade econômica no ambiente (BROWN; ULGIATI, 1997). O conceito de desenvolvimento sustentável tem ganhado ampla simpatia porque possui uma interpretação simples e satisfatória. Nesse ponto pode ser um pouco divergente do objetivo "desenvolvimento que permanece", mas, na tentativa de encontrar uma definição mais substantiva, é necessário discriminar entre um grande número de diferentes abordagens. Considerando uma abordagem econômica ao problema, a escolha chave é se uns acreditam que o capital natural – as muitas funções que o meio ambiente fornece à humanidade e para ela mesma – deveria receber uma proteção especial ou poderia ser substituído por outras formas de capital, especialmente capital produzido pelo homem (DIETZ; NEUMAYER, 2007). Turner (1993, apud EKINS et al., 2003, p. 168) definiu sustentabilidade forte e fraca como: a) sustentabilidade ambiental fraca deriva da percepção de que o bem estar não é normalmente dependente de uma forma de capital específica e pode, com algumas exceções, ser mantida pela substituição do capital natural pelo capital humano; e b) sustentabilidade ambiental forte deriva de uma percepção diferente, de que a substituição do capital natural pelo capital humano é fortemente limitada por algumas características ambientais, como irreversibilidade, incerteza e existência de serviços indispensáveis ao bem estar da biosfera. De acordo com Dietz e Neumayer (2007), o capital natural engloba quatro categorias de funções. Primeiro, ele fornece o material bruto para produção e consumo direto como alimento, madeira e combustíveis fósseis. Segundo, ele assimila os resíduos decorrentes da produção e consumo de bens e materiais. Terceiro, ele fornece serviços de amenidade, como a amenidade visual da paisagem. Quarto, ele fornece funções básicas ao bem estar da biosfera, que as três primeiras funções citadas dependem. Então, a quarta categoria não é somente um determinante direto do bem estar humano, mas um valor primário – um valor que suporta todas as outras categorias – enquanto as três primeiras categorias possuem um valor secundário. Os mesmos autores dizem que para a sustentabilidade fraca seria possível substituir alguns serviços naturais de assimilação de resíduos e de amenidade. Entretanto, o sistema básico de suporte de vida é certamente impossível de ser substituído. Isto significa que o meio ambiente global - biosfera - fornece para a humanidade funções básicas a seu bem estar, como alimento, água, ar limpo e clima estável. Esses serviços ambientais indispensáveis são tratados pela sustentabilidade forte.
Na validação do paradigma da sustentabilidade fraca, é preciso que um dos seguintes itens seja verdadeiro: a) os recursos naturais são superabundantes; b) a elasticidade da substituição entre capital natural e humano é maior ou igual à unidade (equilíbrio no limite da razão produção-recurso); e c) o progresso tecnológico pode aumentar a produtividade do estoque de capital natural mais rápido do que ele está sendo utilizado (DIETZ; NEUMAYER, 2007). Segundo Victor (2005), que criticou a sustentabilidade fraca, as possibilidades de substituição de recursos dependem de um elevado grau de fornecimento contínuo e crescente de energia barata, cuja hipótese está sendo desconsiderada por muitos pesquisadores (CAMPBELL; LAHERRÈRE, 1998; CAMPBELL, 2006) que acreditam que a humanidade alcançou o fim do petróleo barato de fontes convencionais. Em síntese, a sustentabilidade está ligada à preservação dos recursos produtivos e à auto-regulação do consumo desses recursos, eliminando o crescimento selvagem obtido ao custo de elevadas externalidades negativas (sociais e ambientais). Localmente, o principal desafio é melhorar a qualidade de vida, recuperando e usando adequadamente os recursos renováveis. Globalmente, o principal desafio é mudar o estilo de vida, vislumbrando a contenção do consumo, especialmente nas áreas urbanas dos países ricos.