quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sumário



Introdução


Rio 92


Posição no protocolo de Kyoto


Posição COP 15 = Copenhague


Posição na COP 16 = Cancun


Expectativas para o Rio +20 em 2012


Futuro da matriz energética mundial segundo a nossa concepção      


Disponibilidade na redução de emissões de CO2, transferência de tecnologias e auxilio financeiro 


Considerações finais

Introdução




É possível conciliar a expansão da economia capitalista, nos atuais padrões de produção e consumo, com a conservação do meio ambiente? Essa questão tem preocupado muitas pessoas em todo o mundo, principalmente nós americanos, que somos a principal economia do mundo e apontados por muitos como os maiores vilões da degradação ambiental.                                                                                                                As questões em torno do crescimento econômico e, em particular, da geração de empregos são, sem dúvida, preocupações para todas as sociedades. A economia global  passou por grandes dificuldades nos últimos anos o que resultou no baixíssimo nível de atividades econômicas, combinado com alto desemprego, tem gerado um clima de instabilidade política e econômica que perduram até os dias de hoje.                                                                                                             Embora não recaem sobre as políticas ambientais a culpa por esse quadro de instabilidade econômica, a grande maioria delas, por sua vez,  são as principais responsáveis pelas restrições à expansão da economia. Para citarmos exemplos, nas áreas industrial e energética, as normas de licenciamento ambiental são excessivamente rigorosas e/ou lentas, o que desestimularia os empresários. Na área agrícola, uma velha queixa dos proprietários rurais é a de que o Código Florestal imobiliza áreas consideráveis, o que reduziria a produção e o emprego no setor.                Mas até que ponto as políticas ambientais excessivamente rígidas freiam a expansão econômica? O objetivo deste relatório é mostrar que diversos mitos sobre a incompatibilidade entre desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente não se sustentam em uma análise mais rigorosa. Questões como a justiça social e a preservação ambiental, embora tragam consigo objetivos nobres, não se preocuparam em conciliar essas questões ao desenvolvimento econômico, que em mundo globalizado esta presente em todas as nossas ações cotidianas. Enfim, para os países, não se trata "apenas" de crescer economicamente e proporcionar as suas populações condições melhores de vida, é preciso ainda responder a questões mais profundas: Onde crescer? Para quem crescer? Por que crescer? E principalmente, Como crescer?

Rio-92 e Agenda 21



            Em 1992, o Rio de Janeiro abrigou a Conferencia das Nações Unidas sobre o meio ambiente e  o Desenvolvimento, também conhecida por Rio-92. Desse evento, que teve uma grande repercussão mundial, participaram representantes de 176 países e 1400 ONG’s.                                                                                                                           Da Rio-92 resultaram metas e compromissos, como, por exemplo, a Agenda 21, que fornece recomendações práticas (cerca de 2500) sobre como alcançar o desenvolvimento sustentável no século XXI. Segundo esse documento, que defendia a ajuda dos países desenvolvidos aos subdesenvolvidos, a conservação ambiental do planeta não pode ser alcançada sem a erradicação da pobreza e a diminuição das desigualdades sociais.A “Convenção da Biodiversidade” e a “Declaração de Princípios sobre Florestas” são alguns dos resultados da Rio-92, que viriam 5 anos depois influenciar as medidas propostas pelo Protocolo de Kyoto.                                      De acordo com a Agenda 21, as gestões social, econômica e ambiental devem estar inter-relacionadas, ou seja, a Agenta 21 antecipa a nossa tese de que desenvolvimento econômico é fundamental para uma gestão ambiental eficiente. Não basta, por exemplo, impedir que agricultores realizem queimadas. O trabalho de conscientização deve vir acompanhado de amparo técnico e financeiro, o qual possibilite a implantação de outros processos agrícolas sustentáveis, bem como garanta renda e boas condições de vida a quem trabalha com a terra. Da mesma forma, a implementação de sistemas de coleta seletiva e reciclagem de lixo deve levar em conta a participação dos catadores de papel e de outros materiais recicláveis, de modo que esses trabalhadores sejam inseridos nos sistemas de direitos trabalhistas e de seguridade social, garantindo-lhes melhores condições de trabalho e vida.      
       



Entre os objetivos da Agenda 21 destacam-se :

ü      A universalização do saneamento básico e do ensino;
ü      O planejamento e uso sustentado dos recursos naturais ;
ü      A conservação da biodiversidade.



PREÂMBULO

1.1. A humanidade se encontra em um momento de definição histórica. Defrontamos-nos com a perpetuação das disparidades existentes entre as nações e no interior delas, o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do analfabetismo, e com a deterioração contínua dos ecossistemas dos quais depende nosso bem-estar. Não obstante, caso se integrem as preocupações relativas a meio ambiente e desenvolvimento e a elas se dedique mais atenção, será possível satisfazer às necessidades básicas, elevar o nível da vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um futuro mais próspero e seguro. São metas que nação alguma pode atingir sozinha; juntos, porém, podemos -- em uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.
1.2. Essa associação mundial deve partir das premissas da resolução 44/228 da Assembléia Geral de 22 de dezembro de 1989, adotada quando as nações do mundo convocaram a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, e da aceitação da necessidade de se adotar uma abordagem equilibrada e integrada das questões relativas a meio ambiente e desenvolvimento.
1.3. A Agenda 21 está voltada para os problemas prementes de hoje e tem o objetivo, ainda, de preparar o mundo para os desafios do próximo século. Reflete um consenso mundial e um compromisso político no nível mais alto no que diz respeito a desenvolvimento e cooperação ambiental. O êxito de sua execução é responsabilidade, antes de mais nada, dos Governos. Para concretizá-la, são cruciais as estratégias, os planos, as políticas e os processos nacionais. A cooperação internacional deverá apoiar e complementar tais esforços nacionais. Nesse contexto, o sistema das Nações Unidas tem um papel fundamental a desempenhar. Outras organizações internacionais, regionais e subregionais também são convidadas a contribuir para tal esforço. A mais ampla participação pública e o envolvimento ativo das organizações não-governamentais e de outros grupos também devem ser estimulados.
1.4. O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 acerca de desenvolvimento e meio ambiente exigirá um fluxo substancial de recursos financeiros novos e adicionais para os países em desenvolvimento, destinados a cobrir os custos incrementais necessários às ações que esses países deverão empreender para fazer frente aos problemas ambientais mundiais e acelerar o desenvolvimento sustentável. Além disso, o fortalecimento da capacidade das instituições internacionais para a implementação da Agenda 21 também exige recursos financeiros. Cada uma das áreas do programa inclui uma estimativa indicadora da ordem de grandeza dos custos. Essa estimativa deverá ser examinada e aperfeiçoada pelas agências e organizações implementadoras.
1.5. Na implementação das áreas pertinentes de programas identificadas na Agenda 21, especial atenção deverá ser dedicada às circunstâncias específicas com que se defrontam as economias em transição. É necessário reconhecer, ainda, que tais países enfrentam dificuldades sem precedentes na transformação de suas economias, em alguns casos em meio a considerável tensão social e política.
1.6. As áreas de programas que constituem a Agenda 21 são descritas em termos de bases para a ação, objetivos, atividades e meios de implementação. A Agenda 21 é um programa dinâmico. Ela será levada a cabo pelos diversos atores segundo as diferentes situações, capacidades e prioridades dos países e regiões e com plena observância de todos os princípios contidos na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Com o correr do tempo e a alteração de necessidades e circunstâncias, é possível que a Agenda 21 venha a evoluir. Esse processo assinala o início de uma nova associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.
* Sempre que se utilizar o termo "Governos", este será entendido como incluindo a Comunidade Econômica Européia em suas áreas de competência. Ao longo de toda a Agenda 21 a expressão "ambientalmente saudável", em especial quando aplicada aos termos "fontes de energia", "fornecimentos de energia", "sistemas energéticos" ou "tecnologia / tecnologias", significa "ambientalmente seguro e saudável".

Posição no Protocolo de Kyoto




            Marco referencial, constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.                                                                                                          O Protocolo de Kyoto é conseqüência de uma série de eventos iniciados com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC’s First Assessment Report em Sundsvall, na Suécia (agosto de 1990), e que culminou com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Rio’92, no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da UNFCCC.Discutido e negociado em Kyoto, Japão, em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em novembro de 2004.                                                                                    Concluído em 11 de dezembro de 1997 em Kyoto, no Japão, o documento impõe a redução das emissões de seis gases causadores de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta: CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico), CH4 (metano), protóxido de nitrogênio (N20) e três gases flúor (HFC, PFC e SF6). Países industrializados se comprometeram a reduzir , até 2012, as suas emissões de dióxido de carbono a níveis pelo menos 5%  menores do que os que vigoravam até 1990.                                                                                                                            A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:Reformar os setores de energia e transportes;Promover o uso de fontes energéticas renováveis;Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; e Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.                                                                                                        Tendo em vista o bem comum, optamos por não ratificar ao protocolo, por isso em 2001 tomamos a decisão de abandonar oficialmente o tratado, uma vez que, a implantação das metas prejudicaria a economia do país e consequentemente a do restante do mundo, visto que, somos a principal economia do planeta e que a estagnação ou o declínio desta afetaria todos os setores econômicos das nações desenvolvidas e em desenvolvimento de forma significativa.  Ao não assinarmos o protocolo não significa que deixamos de considerar a hipótese do aquecimento global bastante real, porém somos a favor de reduções por meio de medidas voluntárias e novas tecnologias no campo enérgico, por acreditar que essa seja a maneira mais coerente de conciliar crescimento econômico e conservação do meio ambiente. 

COP 15

O maior encontro diplomático dos últimos tempos, realizado em dezembro de 2009, em Copenhague capital da Dinamarca, tinha o objetivo de envolver o mundo em ações concretas para frear o aquecimento global , uma alta descontrolada da temperatura resultante da ação humana. Mas, mais uma vez, nada de concreto saiu da reunião, a 15ª Conferência das Partes (COP), a reunião anual que congrega as nações signatárias da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima das Nações Unidas (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC).                                                                 O objetivo desta COP era, no mínimo audacioso:  entrar para a história como um acordo abrangente que substituísse o Protocolo de Kyoto, acordado em 1997 na COP 3, sediada na cidade japonesa.                                                                                           Esperava-se que os países se comprometessem a cortar gases-estufa segundo as recomendações científicas do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, explicadas em detalhes ao mundo em 2007 – portanto, nenhuma novidade. Para evitar uma alta da temperatura superior a 2°C neste século, seria preciso que as nações industrializadas cortassem suas emissões de gases-estufa em 25% a 40% até 2020, e em 80% a 95% até 2050. As não industrializadas deveriam adotar ações consistentes para frear suas emissões.                                                                                O que saiu da Dinamarca foi uma declaração de intenções. Não tem efeito vinculante, mas mesmo que tivesse, não vincularia ninguém a nada muito decisivo. Os países admitem que de fato é bom evitar uma alta da temperatura em 2°C neste século. Daqui a cinco anos volta-se ao debate para ver se não é ainda melhor deixar escrito que é sensato tentar impedir uma alta de 1,5°C.                                                                        No papel não há metas, mas há menção a dinheiro, mesmo dos países que em 1999 assinaram o protocolo de Kyoto, o que reforça a nossa tese de 14 anos atrás, quando optamos por não assinar o documento alegando, na ocasião, que  a implantação das metas propostas prejudicaria a economia do país e conseguintemente a do restante do mundo, visto que, como falamos anteriormente somos a principal economia do planeta e que a estagnação ou o declínio desta afetaria todos os setores econômicos das nações desenvolvidas e em desenvolvimento de forma significativa.                                     Em virtude dos fatos mencionados continuamos firmes em nossas convicções de que a forma mais eficiente de buscar desenvolvimento aliado a preservação ambiental é somando esforços no desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo no campo energético, e não buscando aliados para refutar a posição contrária das demais nações.



COP 16



A COP 16 realizada em Cancún, no México, iniciou com a difícil tarefa de discutir a segunda fase do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, no Japão, difícil porque os países que em 1997 assinaram o protocolo já se deram conta de que as metas de redução de gases responsáveis pelo efeito estufa são, no mínimo, incoerentes se levarmos em conta que para se cumprirem dever-se-ia tomar medidas radicais que comprometeria a saúde econômica das nações desenvolvidas, já que os paises em desenvolvimento não assumiram responsabilidades. Para piorar, a negociação, visa obrigar os países desenvolvidos a reduzir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa, o que sabemos ser inviável, sobretudo a curto prazo.                            Apesar do clima de otimismo do governo mexicano, que receberá delegações do mundo todo até o dia 10 de dezembro, é difícil dizer se haverá algum acordo definitivo para obrigar os países ricos a definirem metas mais ousadas para os cortes na emissão do CO2 entre 2012 e 2020. Em vez disso, a conferência, como os Estados Unidos havia proposto anteriormente,  se transformou na primeira reunião sobre o clima a permitir a criação de novos instrumentos que combatam o aquecimento no planeta também nos países em desenvolvimento, sempre tendo como meta o desenvolvimento sustentável.                                                                                               No ano de 1997 o Protocolo de Kyoto estabeleceu um cronograma em que os países desenvolvidos são obrigados a reduzir em 5,2% as emissões dos gases do efeito estufa entre 2008 e 2012. O acordo entrou oficialmente em vigor há cinco anos e utiliza como base as emissões até 1990. Contudo, relatórios técnicos da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) apontam que a meta estabelecida em Kyoto não é suficiente para impedir que a temperatura da Terra aumente menos de dois graus até o fim do século — o que significaria, por exemplo, o degelo das calotas polares, afetando o abastecimento de água ao redor do mundo. De acordo com a ONU, as emissões precisam ser reduzidas em 40% até 2020 para que a temperatura aumente até dois graus, tendo como base o ano de 2005, o que sabemos se tratar de utopia já que isso comprometeria a economia global, por isso, essas metas certamente não serão cumpridas de forma a não comprometer nenhuma nação antes de 2050, isso se as demais nações não admitirem metas mais modestas entre 14% e 17%. 

Expectativas para o Rio +20

Marcada para junho de 2012, no Rio de Janeiro, a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável já vem provocando encontros de especialistas, ONGs e representantes da sociedade, desde o ano passado. De forma geral, espera-se que as decisões tomadas por lá sejam mais que um balanço dos últimos 20 anos que a separam da Rio 92, marco na história socioambiental mundial que resultou numa série de documentos importantes, como a Agenda 21, e também nas Convenções sobre Clima e Diversidade Biológica.                                                                                O que nós, representantes dos Estados Unidos da América esperamos é que Diferentemente da Rio 92 que foi uma reunião ambiental, a Rio +20 se proponha a discutir um novo paradigma de desenvolvimento econômico. Mais que um balanço da implementação de compromissos estabelecidos na conferência de 1992 - como a Agenda 21 e a criação das convenções-quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade - a Rio+20 vai tentar avançar na proposta de uma economia verde, que concilie crescimento econômico com baixas emissões de carbono.                                      Essa discussão de integrar meio ambiente e desenvolvimento já é atrasada, todo mundo sabe o que é preciso fazer. A questão é como definir essa estratégia de desenvolvimento que tenha uma economia de baixo carbono, com justiça, com governança e com sustentabilidade.                                                                                     A Rio+20 também poderá ser uma oportunidade para tentar avançar em discussões travadas em outros fóruns, mesmo que em negociações informais. A construção de um novo acordo internacional sobre redução de emissões de gases de efeito estufa, por exemplo, não tem avançado nas últimas conferências sobre mudanças climáticas, e a ONU ainda está longe do consenso sobre um novo mecanismo para suceder o Protocolo de Kyoto.                                                                                                           Durante a Rio+20, os negociadores internacionais poderão criar as bases de novo acordo, mesmo que a formalização fique para depois, durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas. Pelo fato de não ser o foro oficial, pode haver um diálogo maior em que a sociedade, empresas e grupos acadêmicos também estejam envolvidos. Esperamos que a Rio+20 possa ser uma oportunidade de montar uma estratégia e um compromisso que poderiam ser efetivados oficialmente numa reunião posterior. Propomos que a Rio+20 faça o papel de ponte entre onde nós estamos e onde podemos chegar, futuro esse que esperamos ser marcado pelo desenvolvimento

Futuro da matriz energética mundial segundo a nossa concepção

Mudar o padrão de consumo e a matriz energética estão entre os maiores desafios que o mundo terá de enfrentar se quiser reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e colaboram para o aquecimento global.                                                        Atualmente, ao mesmo tempo que a produção de energias limpas deu um salto tecnológico o mundo passou a depender, como nunca, de fontes energéticas que lançam gases que provocam o efeito estufa na atmosfera.                                                            Estudos citados neste ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU afirmam que os investimentos mundiais em energias renováveis nunca foram tão altos - chegaram a US$ 38 bilhões em 2005. Ainda assim, mostram os mesmos estudos, as emissões de gases do setor energético nunca foram tão volumosas.                                                                                                   Juntas, as emissões de gases que causam o efeito estufa equivalem a 49 bilhões de toneladas de CO2 lançadas anualmente na atmosfera. Destas, 26 bilhões de toneladas estão relacionadas à produção de energia, que inclui o fornecimento e o aquecimento de casas e empresas e o setor de transporte.                                                                               Se mantidas as atuais políticas energéticas, estas emissões poderiam atingir o equivalente a 40 bilhões de toneladas até 2030, segundo os cálculos apresentados pelo IPCC.                                                                                                                                                      O gráfico abaixo é uma estimativa do consumo mundial de energia até 2060, o que mostra que as novas tecnologias serão o futuro da matriz energética mundial, o que demonstra a importância no desenvolvimento destas.
É previsível que o custo da energia obtida de fontes alternativas renováveis se tornará mais competitivo, ao longo dos próximos 20 anos, como resultado do investimento tecnológico e do ganho de escala. Entretanto, as externalidades de mercado, como a diversificação de fontes, a distribuição do risco de suprimento e a necessidade de reduzir as emissões de GEE interferirão positivamente neste aspecto, através das seguintes ações:      

A. Os governos investirão quantias significativamente maiores em PD&I de bioenergia do que fariam em condições normais;
B. A iniciativa privada será induzida a investir em PD&I, por incentivos governamentais, e também o farão por iniciativa própria, dada a oportunidade de negócios;
C. O encarecimento das fontes fósseis, pelo esgotamento das reservas, elevará o patamar geral de preços de energia;
D. A pressão social por fontes alternativas renováveis incentivará a ampliação dos negócios, propiciando ganhos de escala;
E. A ação estratégica preventiva, motivada por fenômenos climáticos extremos mais freqüentes, reforçará tanto o investimento em pesquisa quanto a ampliação do consumo, favorecendo a ampliação do market share das energias alternativas renováveis;
F. Os governos utilizarão diversos instrumentos de políticas públicas destinados a fomentar a utilização de fontes alternativas renováveis, inclusa a bioenergia.     











A disputa pelo espaço produtivo representará um empecilho à redução de preços de energia alternativa renovável. O custo de transporte e a portabilidade também pesarão contra a bioenergia, prevendo-se a necessidade de portentosos investimentos em logística e infra-estrutura para reduzir este custo. O cenário de Referencia da WEO 2000 prevê investimentos em energia alternativa renovável da ordem de US$ 90 bilhões, nos países da OECD, representando 10% do investimento em energia nestes países. Entretanto, no cenário de Energias Alternativas da mesma WEO, este investimento alça-se a US$228 bilhões, representando 23% do investimento total em expansão da oferta de energia da OECD, montante este que nos comprometemos em investir, desde que, os países em desenvolvimento também colaborem.

Disponibilidade na redução de emissões de CO2, transferência de tecnologias e auxilio financeiro




Desde o dia 20 de janeiro de 2009, quando o presidente Barack  Obama tomou posse, mudanças na matriz energética dos EUA passaram a ser uma das prioridades do seu governo, que tem como meta um termo chamado Executiva para Sustentabilidade, que prega a redução de 28% das emissões até 2020 com base em valores de 2008.                                                                                                      O governo dos Estados Unidos planeja reduzir em 1/3 seu atual consumo de petróleo até o final da década, aumentar a oferta de biocombustíveis em pelo menos 80 milhões de galões em dois anos e fazer das fontes limpas as responsáveis por 80% da geração de eletricidade até 2035. Em quatro anos, 1 milhão de automóveis e caminhões híbridos deverá circular no país, como foi antecipado em discurso aos estudantes da Georgetown University."Quando fui eleito, os Estados Unidos importavam 11 milhões de barris de petróleo diários. Em um pouco mais de uma década, nós vamos cortar em um terço (para 7,3 milhões)", afirmou Obama, ao destacar a necessidade de redução da dependência da economia americana do petróleo e da busca de fontes alternativas e renováveis.                                                                                  As parcerias fazem parte desse estratégia, como por exemplo, a parceria que mantemos com a  Ásia-Pacífico para desenvolvimento Limpo e Mudanças Climáticas, que reúne países como a Austrália, China, coréia do sul, índia e Japão, que incentiva a criação de tecnologias novas capazes de diminuir os efeitos do aquecimento global, além disso, mantemos outras parcerias, como com o Brasil na área dos bicombustíveis.                       Assim como, outras superpotências mundiais, é impossível que os  Estados Unidos alcancem autossuficiência em petróleo pelo fato de contar com apenas 2% das reservas mundiais e absorver 25% do combustível extraído no planeta. Mesmo que nós dobrássemos a nossa produção, ela seria ainda muito curta.A solução mais viável, tendo em vista o desenvolvimento sustentável das nações é investir na implementação de meios para a obtenção de energias renováveis, ou seja, o principal desafio é desenvolver outros tipos renováveis de energia, como eólica (dos ventos), solar, de biomassa e da terra (geotérmica), que respondem por apenas 2% da matriz energética mundial.                       Um levantamento da Rede para Políticas de Energias Renováveis, citado pelo IPCC, mostra que em 2005, os investimentos em energias renováveis alcançaram US$ 38 bilhões, por iniciativa principalmente dos Estados Unidos que já têm capacidade instaladas de energia eólica que alcançam 10 GW, segundo o Conselho Mundial de Energia (WEC). Para efeito de comparação, a usina de Itaipu tem uma capacidade de 12,6 GW.                                                                                                                      A Agência de Energia Internacional estima que os investimentos para atingir a demanda por energia até 2030 vão beirar os US$ 20 trilhões, e por isso falamos que a melhor política para incentivar energias limpas é torná-las economicamente atrativas. O que propomos é políticas de energias suficientes e cooperação internacional entre governos e empresas para atrair investidores e profissionais das finanças. E para que isso possa ser viabilizado estamos inteiramente dispostos a somar forças, no desenvolvimento de  políticas consistentes, desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias e investimentos financeiros consideráveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS





            O que inicialmente surgiu como uma indagação, agora é uma certeza. É possível sim conciliar a expansão da economia capitalista, nos atuais padrões de produção e consumo, com a conservação do meio ambiente.
            O crescimento econômico depende da ampliação do consumo de mercadorias e de serviços, da criação de necessidades e satisfação daquelas que são fundamentais à vida humana.        A ampliação da capacidade produtiva requer, necessariamente, a ampliação da capacidade de gerar energia. Requer, também, a exploração, em escala cada vez maior dos recursos naturais. O grande desafio da humanidade é encontrar soluções para conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.                                                                                                     É evidente que o acesso ao consumo de bens e serviços não abrange grande parte da população do planeta, que mal consegue suprir suas necessidades básicas de sobrevivência. No entanto, essa população excluída da modernidade também contribui significativamente para o agravamento dos problemas ambientais. São pessoas que se alimentam de animais ameaçados de extinção e, muitas vezes, devastam a mata para retirar lenha e obterem a energia necessária á vida cotidiana; são garimpeiros, que, em busca do ouro, por exemplo, depositam mercúrio na água dos rios, contaminado os peixes e a população que depende da pesca para sobreviver; são moradores de áreas urbanas que não contam com saneamento básico e coleta de lixo, sendo seus dejetos jogados, muitas vezes, no rio mais próximo. Esses são apenas alguns argumentos que reforçam a nossa posição favorável a vinculação dos países emergentes nas políticas ambientais. Esses argumentos podem ser comprovados pelo gráfico abaixo, elaborado a partir dos resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto de eletrotécnica da USP e divulgado pela revista Época.                          



Diante desse quadro, o ser humano se vê desafiado a encontrar caminhos alternativos para o desenvolvimento econômico e social, os quais devem levar em conta que em mundo globalizado a desestruturação econômica  de alguma superpotência resultaria em situação instável politicamente para o restante das nações, o que sabemos que poderá ter conseqüências ainda mais devastadoras para o planeta. O caminho para isso, certamente, não é o desenvolvimento de políticas ambientais ambiciosas a curto prazo e sim, o que estamos propondo e fazendo nas ultimas décadas: baseando nossos esforços em pesados investimentos em pesquisas tecnológicas para o desenvolvimento de fontes para obtenção de energia renovável e parcerias, como por exemplo, a parceria Ásia-Pacífico de desenvolvimento Limpo e Mudanças Climáticas, que reúne países como a Austrália, China, coréia do sul, índia e Japão, que incentiva a criação de tecnologias novas capazes de diminuir os efeitos do aquecimento global, além disso, mantemos outras parcerias, como com o Brasil na área dos bicombustíveis, e adotamos uma lei de Ar limpo que buscamos o controle da produção e consumo de CFC (gás prejudicial a camada de ozônio) por nossas indústrias na atmosfera.          



domingo, 27 de novembro de 2011

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Referências bibliográficas



Geografia: espaço natural e sócio econômico / Marcos de Amorim Coelho – 3º Ed. -  São Paulo: Moderna. 1992.     

Geografia: Espaço geográfico e globalização/ Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira – 1º Ed. – São Paulo: Scipione, 1998. 

Geografia: Espaço geográfico / Igor Moreira -  46º Ed. – São Paulo: Ática, 2001. 

Geografia/ Lucia Marina, Tércio – 1º Ed. – São Paulo: Ática, 2002.

Geografia: espaço e vivência / Levon Boligian, Andressa Turcatel Alves Boligian –     1º Ed. - São Paulo:Atual, 2004.

Geografia Geral e do Brasil / Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro Branco, Cláudio Mendonça – 3º Ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.             

Geografia: Uma análise do espaço Geográfico/ Pedro J. Coimbra, José Arnaldo M. Tiburcio – 3º Ed. - Minas Gerais Harbra, 2006.
Flavin, Christopher; R. Brown, Lester; French, Hilary; Worldwatch Institute; Estado do Mundo, Editora UMA, 1999
Renewable Energy World Magazine; PV for the new century - status and prospects for PV in Europe, volume 3 no. 2, 2000
Renewable Energy World Magazine; Energy stores to sell PV products in India: A first investment for PVMTI, volume 3 no. 2, 2000
Shell International Renewables website: www.shell.com
Shell Foudation website: www.shellfoudation.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MUNDBIS - BRASIL


    
ALUNOS: ALLAN GOULART E ANTONIO PEREIRA.



BRASIL



      As relações entre Brasil e Estados Unidos tendem a avançar, indicando para o aumento de investimentos no mercado brasileiro, apesar do momento de crise global. A avaliação é do novo presidente da Câmara de Comércio Americana no Rio de Janeiro, Robson Barreto, empossado nesta quinta-feira. Para isso, segundo Barreto, contribui o fato de o Brasil ter atualmente uma economia diversificada, "bastante distinta daquela que tínhamos na última década".
     O presidente da Câmara de Comércio Americana também acredita que o bom relacionamento entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama abrirá espaço para a discussão e solução de temas como o tratado contra a bitributação. Barreto acha que a manutenção do sistema tarifário de preferências dá ao Brasil e, inclusive, às próprias empresas americanas instaladas no país e que exportam para fora, vantagens competitivas.
     O sistema tarifário de preferências foi estabelecido pelos Estados Unidos em 1976. Ele permite que alguns países em desenvolvimento sejam enquadrados como beneficiários de um sistema de preferências comerciais. Por meio dessas preferências, os países beneficiados exportam produtos para o mercado americano com incentivos tarifários, deixando-os com preços mais competitivos.
    Para Barreto, no entanto, um desafio que se impõe no momento é como vencer as medidas protecionistas em implementação nos Estados Unidos, país que "sempre foi um grande defensor do livre comércio e hoje em dia, pelas próprias dificuldades da economia americana, começa a estabelecer medidas protecionistas do tipo buy American (compre produtos americanos), que preocupam quem faz negócios".
     O presidente da Câmara de Comércio Americana afirmou que há razões para o Brasil ter preocupações em relação a seu principal parceiro comercial, mas lembrou que a pauta de exportação brasileira é bastante diversificada para o mercado norte-americano.
      - Temos razões para ter preocupação mas, ao mesmo tempo também, para celebrar, porque a nossa economia tem condições únicas de superar esses desafios dos próximos anos - disse.
Ele avaliou que a estabilidade que a economia brasileira está demonstrando neste momento de crise mundial tem funcionado como uma espécie de porto seguro para várias empresas multinacionais, inclusive americanas, mostrando que a demanda e o consumo continuam vigorosos, apesar da crise.
      - Então, mais do que nunca, o Brasil é visto um pouco como essa figura de ser um porto seguro para investimentos e para o retorno de lucros e de se ganhar mercado no momento em que todo mundo está perdendo mundialmente - afirmou.