O maior encontro diplomático dos últimos tempos, realizado em dezembro de 2009, em Copenhague capital da Dinamarca, tinha o objetivo de envolver o mundo em ações concretas para frear o aquecimento global , uma alta descontrolada da temperatura resultante da ação humana. Mas, mais uma vez, nada de concreto saiu da reunião, a 15ª Conferência das Partes (COP), a reunião anual que congrega as nações signatárias da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima das Nações Unidas (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC). O objetivo desta COP era, no mínimo audacioso: entrar para a história como um acordo abrangente que substituísse o Protocolo de Kyoto, acordado em 1997 na COP 3, sediada na cidade japonesa. Esperava-se que os países se comprometessem a cortar gases-estufa segundo as recomendações científicas do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, explicadas em detalhes ao mundo em 2007 – portanto, nenhuma novidade. Para evitar uma alta da temperatura superior a 2°C neste século, seria preciso que as nações industrializadas cortassem suas emissões de gases-estufa em 25% a 40% até 2020, e em 80% a 95% até 2050. As não industrializadas deveriam adotar ações consistentes para frear suas emissões. O que saiu da Dinamarca foi uma declaração de intenções. Não tem efeito vinculante, mas mesmo que tivesse, não vincularia ninguém a nada muito decisivo. Os países admitem que de fato é bom evitar uma alta da temperatura em 2°C neste século. Daqui a cinco anos volta-se ao debate para ver se não é ainda melhor deixar escrito que é sensato tentar impedir uma alta de 1,5°C. No papel não há metas, mas há menção a dinheiro, mesmo dos países que em 1999 assinaram o protocolo de Kyoto, o que reforça a nossa tese de 14 anos atrás, quando optamos por não assinar o documento alegando, na ocasião, que a implantação das metas propostas prejudicaria a economia do país e conseguintemente a do restante do mundo, visto que, como falamos anteriormente somos a principal economia do planeta e que a estagnação ou o declínio desta afetaria todos os setores econômicos das nações desenvolvidas e em desenvolvimento de forma significativa. Em virtude dos fatos mencionados continuamos firmes em nossas convicções de que a forma mais eficiente de buscar desenvolvimento aliado a preservação ambiental é somando esforços no desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo no campo energético, e não buscando aliados para refutar a posição contrária das demais nações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário