quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Futuro da matriz energética mundial segundo a nossa concepção

Mudar o padrão de consumo e a matriz energética estão entre os maiores desafios que o mundo terá de enfrentar se quiser reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e colaboram para o aquecimento global.                                                        Atualmente, ao mesmo tempo que a produção de energias limpas deu um salto tecnológico o mundo passou a depender, como nunca, de fontes energéticas que lançam gases que provocam o efeito estufa na atmosfera.                                                            Estudos citados neste ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU afirmam que os investimentos mundiais em energias renováveis nunca foram tão altos - chegaram a US$ 38 bilhões em 2005. Ainda assim, mostram os mesmos estudos, as emissões de gases do setor energético nunca foram tão volumosas.                                                                                                   Juntas, as emissões de gases que causam o efeito estufa equivalem a 49 bilhões de toneladas de CO2 lançadas anualmente na atmosfera. Destas, 26 bilhões de toneladas estão relacionadas à produção de energia, que inclui o fornecimento e o aquecimento de casas e empresas e o setor de transporte.                                                                               Se mantidas as atuais políticas energéticas, estas emissões poderiam atingir o equivalente a 40 bilhões de toneladas até 2030, segundo os cálculos apresentados pelo IPCC.                                                                                                                                                      O gráfico abaixo é uma estimativa do consumo mundial de energia até 2060, o que mostra que as novas tecnologias serão o futuro da matriz energética mundial, o que demonstra a importância no desenvolvimento destas.
É previsível que o custo da energia obtida de fontes alternativas renováveis se tornará mais competitivo, ao longo dos próximos 20 anos, como resultado do investimento tecnológico e do ganho de escala. Entretanto, as externalidades de mercado, como a diversificação de fontes, a distribuição do risco de suprimento e a necessidade de reduzir as emissões de GEE interferirão positivamente neste aspecto, através das seguintes ações:      

A. Os governos investirão quantias significativamente maiores em PD&I de bioenergia do que fariam em condições normais;
B. A iniciativa privada será induzida a investir em PD&I, por incentivos governamentais, e também o farão por iniciativa própria, dada a oportunidade de negócios;
C. O encarecimento das fontes fósseis, pelo esgotamento das reservas, elevará o patamar geral de preços de energia;
D. A pressão social por fontes alternativas renováveis incentivará a ampliação dos negócios, propiciando ganhos de escala;
E. A ação estratégica preventiva, motivada por fenômenos climáticos extremos mais freqüentes, reforçará tanto o investimento em pesquisa quanto a ampliação do consumo, favorecendo a ampliação do market share das energias alternativas renováveis;
F. Os governos utilizarão diversos instrumentos de políticas públicas destinados a fomentar a utilização de fontes alternativas renováveis, inclusa a bioenergia.     











A disputa pelo espaço produtivo representará um empecilho à redução de preços de energia alternativa renovável. O custo de transporte e a portabilidade também pesarão contra a bioenergia, prevendo-se a necessidade de portentosos investimentos em logística e infra-estrutura para reduzir este custo. O cenário de Referencia da WEO 2000 prevê investimentos em energia alternativa renovável da ordem de US$ 90 bilhões, nos países da OECD, representando 10% do investimento em energia nestes países. Entretanto, no cenário de Energias Alternativas da mesma WEO, este investimento alça-se a US$228 bilhões, representando 23% do investimento total em expansão da oferta de energia da OECD, montante este que nos comprometemos em investir, desde que, os países em desenvolvimento também colaborem.

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