quarta-feira, 30 de novembro de 2011

COP 16



A COP 16 realizada em Cancún, no México, iniciou com a difícil tarefa de discutir a segunda fase do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, no Japão, difícil porque os países que em 1997 assinaram o protocolo já se deram conta de que as metas de redução de gases responsáveis pelo efeito estufa são, no mínimo, incoerentes se levarmos em conta que para se cumprirem dever-se-ia tomar medidas radicais que comprometeria a saúde econômica das nações desenvolvidas, já que os paises em desenvolvimento não assumiram responsabilidades. Para piorar, a negociação, visa obrigar os países desenvolvidos a reduzir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa, o que sabemos ser inviável, sobretudo a curto prazo.                            Apesar do clima de otimismo do governo mexicano, que receberá delegações do mundo todo até o dia 10 de dezembro, é difícil dizer se haverá algum acordo definitivo para obrigar os países ricos a definirem metas mais ousadas para os cortes na emissão do CO2 entre 2012 e 2020. Em vez disso, a conferência, como os Estados Unidos havia proposto anteriormente,  se transformou na primeira reunião sobre o clima a permitir a criação de novos instrumentos que combatam o aquecimento no planeta também nos países em desenvolvimento, sempre tendo como meta o desenvolvimento sustentável.                                                                                               No ano de 1997 o Protocolo de Kyoto estabeleceu um cronograma em que os países desenvolvidos são obrigados a reduzir em 5,2% as emissões dos gases do efeito estufa entre 2008 e 2012. O acordo entrou oficialmente em vigor há cinco anos e utiliza como base as emissões até 1990. Contudo, relatórios técnicos da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) apontam que a meta estabelecida em Kyoto não é suficiente para impedir que a temperatura da Terra aumente menos de dois graus até o fim do século — o que significaria, por exemplo, o degelo das calotas polares, afetando o abastecimento de água ao redor do mundo. De acordo com a ONU, as emissões precisam ser reduzidas em 40% até 2020 para que a temperatura aumente até dois graus, tendo como base o ano de 2005, o que sabemos se tratar de utopia já que isso comprometeria a economia global, por isso, essas metas certamente não serão cumpridas de forma a não comprometer nenhuma nação antes de 2050, isso se as demais nações não admitirem metas mais modestas entre 14% e 17%. 

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